Marketing Não Salva Commodities

A Ilusão do Diferente Que É Igual

No palco do mercado, muita empresa acredita tráfego pago, campanha bonita, anúncio criativo – vai transformar um produto comum em estrela. Só que não é bem assim.

Antes de achar que “falta marketing”, a real é: existem produtos que são verdadeiras commodities. E aí, meu amigo, por mais que você enfeite a vitrine, o consumidor já sabe o que está comprando.

O que são commodities no mercado?

Não estou falando de minério de ferro ou petróleo. Estou falando de produtos de prateleira, aqueles que você encontra com 1000 vendedores diferentes, do mesmo jeito, mesma embalagem, mesma marca.
Exemplo clássico: um iPhone novo, um Playstation 5, uma garrafa de Coca-Cola. O consumidor não vai pensar: “Uau, vou comprar nessa loja porque o design do site é vermelho e tem uma frase bonita”. Ele pensa: “Onde eu pago mais barato?”.

O limite do marketing em commodities

Pode até ter tráfego, anúncio, funil. Mas quando o produto é idêntico ao do concorrente, o marketing não é a arma que salva.

  • Você pode anunciar pesado: o cliente ainda vai abrir outra aba e comparar preço.
  • Pode ter copy bonita: mas se ele encontra o mesmo produto R$100 mais barato em outro site, já era.
  • Pode criar gatilho de urgência: mas o cliente sabe que amanhã vai encontrar igual em outro lugar.

Marketing faz diferença? Claro que faz. Mas aqui o palco não é seu. Quem rege o show é o preço.

Então, qual é a saída?

A resposta é simples: não tente vender commodity como se fosse exclusividade. Se o produto é igual a todos, você só tem duas jogadas possíveis:

  1. Preço agressivo – é guerra de margem. Sobrevive quem tem fôlego.
  2. Construir valor além do produto – atendimento insano, pós-venda, confiança, garantia estendida, comunidade, experiência.

Quem só depende do produto cru, vai morrer na fila de comparadores de preço.

A moral do palco

Marketing é amplificador, não é varinha mágica. Ele pega o que você tem e aumenta o som. Se você tem um produto igual a todo mundo, vai aumentar o eco de uma multidão vendendo o mesmo refrão.

Agora, se você diferencia o jeito de vender, o atendimento, a proposta, o posicionamento… aí o marketing amplifica algo único.

No fim do dia, commodities tocam sempre a mesma música. A diferença é: você vai querer ser só mais uma banda cover, ou vai compor o seu próprio som?

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